Tag: bandolim

  • Cifra: Atire a primeira pedra (Ataulfo Alves e Mário Lago)

    O samba “Atire a primeira pedra” é uma parceria entre Ataulfo Alves e Mário Lago

    Essa transcrição foi feita da gravação do disco 78rpm chamado ATAULFO ALVES E SUAS PASTORAS, do próprio Ataulfo, lançado no ano de 1955.

    CAPA disco Ataulfo Alves e Suas Pastoras 1956

    Ataulfo Alves que era mineiro, mudou-se para o Rio de Janeiro aos 18 anos e aos 20, começou a compor e tornou-se diretor de harmonia de ‘Fale Quem Quiser’, bloco organizado pelo pessoal do bairro aonde residia.

    Ataulfo que tocava cavaquinho, bandolim e violão, em 1933 à convite de Almirante, gravou o samba “Sexta-feira”, sua primeira composição a ser lançada em disco. Dias depois, Carmen Miranda gravou “Tempo Perdido”, garantindo sua entrada no mundo artístico. Em 1958, apareceu no filme ‘Meus Amores no Rio’.

    Sua musicografia ultrapassa 320 canções, sendo uma das maiores da música popular brasileira. Intérpretes importantes, como Clara Nunes e os grupos Quarteto em Cy e MPB-4, fizeram versões de suas músicas.

     

    Mário Lago começou pela poesia, e teve seu primeiro poema publicado aos 15 anos.

    Formado em direito, exerceu a profissão por apenas alguns meses. Envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e atuando. Sua estreia como letrista de música popular foi com “Menina, eu sei de uma coisa”, parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de “Nada além”, da mesma dupla de autores.

    Suas composições mais famosas são “Ai! que saudade da Amélia”, “Atire a primeira pedra”, ambas em parceria com Ataulfo Alves; “É tão gostoso, seu moço”, com Chocolate, “Número um”, com Benedito Lacerda, o samba “Fracasso” e a marcha carnavalesca “Aurora”, em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.

    Mário Lago foi também escritor e atuou no cinema e na televisão, figurando em várias novelas.

     

    a ARTE NEGRA DE WILSON MOREIRA E NEY LOPES
    a ARTE NEGRA DE WILSON MOREIRA E NEY LOPES

    A interpretação de “Atire a primeira pedra” é de Ataulfo Alves.

     

    Dicas para você que vai tocar essa música:

    1. Este é um samba exaltação e, portanto, pode ser tocado de várias formas: se mais lento, pode ser tocado com a levada de partido alto (no estilo Paulinho da Viola). Se tocado um pouco mais ‘pra frente’, pode ser tocado com a levada de samba de terreiro, ou ainda, pode-se tocar misturando as duas levadas;
    2. O tom deste arranjo é o de D (Ré Maior) na primeira música, e de C (Dó Maior), na segunda música;

     

    Esta cifra de samba para cavaquinho é uma transcrição do disco ATAULFO ALVES E SUAS PASTORAS, do próprio Ataulfo, lançado no ano de 1955 em 78rpm pela Sinter | SLP 1042.

    Também é uma cifra de samba para ser tocada no violão de 6 ou violão de 7 cordas, ou no bandolim e pode ser tocada em qualquer instrumento de acompanhamento como contrabaixo, piano, viola, banjo e outros…

     

    Não esqueça de deixar um comentário dizendo o que você mais gostou dessa transcrição, aqui no final da página. Pra gente, é muito importante ouvir você!

     

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    CIFRA Atire a primeira pedra (Ataulfo Alves e _Mario Lago) Pag 001
    CIFRA Atire a primeira pedra (Ataulfo Alves e _Mario Lago) Pag 002

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  • Cifra: Brasil, terra adorada / Não (Cartola e Arturzinho)

    Os sambas “Brasil, terra adorada” e “Não” são composições de Cartola e Arturzinho. 

    Essa transcrição foi feita da gravação que abre o disco CARTOLA, ENTR AMIGOS, do próprio Cartola, lançado no ano de 1984 em LP pela Funarte, com a capa abaixo.

    CAPA disco Cartola entre amigos 1984

    O disco CARTOLA, ENTR AMIGOS, foi relançado em 1998 pelo Acervo Funarte | GTIN:7891916320398, com a capa abaixo e no formato atualizado, em CD (Compact Disc). Fica aí a capa pra você conhecer.

    CAPA disco Cartola entre amigos 1998 Funarte

    Angenor de Oliveira, conhecido como Cartola, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1908 e foi um compositor brilhante que, em sua simplicidade e pouco estudo, conseguiu criar obras primas da música brasileira, principalmente do samba, como “As rosas não falam”, “O mundo é um moinho”,  “Inverno do meu tempo”, “Desfigurado”,  “Sala de recepção”, “Minha”, “Acontece”, “Fita os meus olhos”, dentre tantas outras que fizeram imenso sucesso na voz de muitos grandes intérpretes.

    No início dos anos 40, cartola desapareceu da cena musical e só foi redescoberto em 1956, quando o cronista Sérgio Porto o encontrou lavando carros em uma garagem de Ipanema e o levou para cantar na Rádio Mayrinck Veiga. 

    Considerado um dos gênios da nossa música brasileira, Cartola era admirado por grandes músicos como Jacob do Bandolim, Heitor Villa Lobos, Radamés Gnattali, Mário Reis e Francisco Alves.

    Foi um dos 7 fundadores da Estação Primeira de Mangueira, de cores verde e rosa, escolhidas por ele, tendo sido seu primeiro diretor de harmonia. A Mangueira foi a segunda escola de samba a ser fundada no Rio de Janeiro. Entre seus fundadores estavam Abelardo Bolinha, Carlos Cachaça, Euclides Roberto dos Santos, Massu, Pedro Paquetá, Satur e Zé Espinguela.

    Foi casado desde 1964 até seu falecimento em 1980, com Dona Zica com quem fundou o famoso restaurante Zicartola em  1963, tornando-se um importante ponto de encontro de músicos, principalmente sambistas. Uniu o talento gastronômico de Dona Zica com a música de Cartola, criando um ambiente único e que foi muito elogiado à época. Com a saída dos sócios e a falta de experiência na gestão do negócio, o Zicartola foi fechado em 1965, 20 meses depois de sua abertura.

    Cartola é um dos mais importantes nomes da música brasileira, deixando um legado de inúmeras contribuições para o samba, o carnaval e a poesia brasileira.

    Arturzinho foi compositor e parceiro de Cartola em sambas monumentais no início dos concursos das agremiações que deram início a tradição do carnaval no Rio de Janeiro.

    Carlos Cachaça foi compositor, sambista e um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, autor de 500 sambas e o principal parceiro de Cartola.

     

    a ARTE NEGRA DE WILSON MOREIRA E NEY LOPES
    a ARTE NEGRA DE WILSON MOREIRA E NEY LOPES

    A interpretação de “Brasil, terra adorada” é de Dona Neuma e a interpretação de “Não” é de Aluísio Dias! 

     

    Dicas para você que vai tocar essa música:

    1. Este é um samba exaltação e, portanto, pode ser tocado de várias formas: se mais lento, pode ser tocado com a levada de partido alto (no estilo Paulinho da Viola). Se tocado um pouco mais ‘pra frente’, pode ser tocado com a levada de samba de terreiro, ou ainda, pode-se tocar misturando as duas levadas;
    2. O tom deste arranjo é o de D (Ré Maior) na primeira música, e de C (Dó Maior), na segunda música;

    Esta cifra de samba para cavaquinho é uma transcrição do disco CARTOLA, ENTRE AMIGOS, do próprio Cartola, lançado no ano de 1984 em LP pela Funarte | 358.404.007.

    Também é uma cifra de samba para ser tocada no violão de 6 ou violão de 7 cordas, ou no bandolim e pode ser tocada em qualquer instrumento de acompanhamento como contrabaixo, piano, viola, banjo e outros…

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    CIFRA Brasil, Terra adorada_Não (Cartola) Pag 1
    CIFRA Brasil, Terra adorada_Não (Cartola) Pag 2

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  • Como Ligar as Notas no Bandolim

    FAAAAALA, músico!

    Seja bem vinda, seja bem vindo aqui no portal MúsicaBrasileira.Online: O portal da música brasileira no seu celular!

    Hoje vou te ensinar uma técnica muito importante, não apenas no bandolim, mas em todos os instrumentos quando se fala de tocar solos, melodias, improvisos e fraseio de escalas…

    Vou te ensinar a ‘tocar ligado’!

    E não, não é tocar ligado no amplificador! hahaha

    É muito comum quando estamos começando a tocar o bandolim, que tenhamos pouca força no dedo, pouca intimidade com a escala e no caso dos bandolinistas, as cordas duplas que são mais difíceis de tirar som do que as cordas simples do cavaquinho, por exemplo.

    Estes fatores, mais o fato da gente ainda não ter um ouvido tão aguçado quando a gente tá começando na música, contribuem para que o nosso som seja mais ‘pobre’ quando a gente tá começando a se acostumar com o bandolim.

    Por isso, quero aqui te mostrar a forma correta de tocar o fraseado no bandolim, para que você domine essa técnica e mais tarde, possa variar a forma de tocar o fraseado, ampliando seu repertório interpretativo.

     

    Esta aula não será separada em tópicos, pois temos aqui um único assunto a tratar e serei bem direto e o mais objetivo possível pra você poder pegar rápido e desenvolver sua sonoridade, beleza!?

    Tocando bandolim MusicaBrasileira.Online

    Observe quando você toca, se o som das notas não morre muito rápido, antes mesmo de você tocar a próxima nota.

    Se sim, isso é o que chamamos de ‘STACCATO’, do italiano, e significa ‘DESTACADO’.

    Ou seja, você destaca o som das notas pra dar uma ênfase nelas, como um recurso interpretativo que se pode usar em algum momento específico de uma música, para diferenciar um trecho de outro, dar algum tipo de “colorido” diferente, etc…

    Esse recurso é usado de vez em quando e não, o tempo todo.

    Porém, como eu já citei anteriormente, quando a gente tá começando a aprender o bandolim, a tendência é que nossa limitação técnica nos faça tocar o tempo todo assim!

    Isso deixa o som mais pobre, podemos dizer até, feio, em relação a quem toca com as notas ligadas, bonitinho…

    E você pode estar se perguntando agora:

    “Tá, mas e o que quer dizer na prática, tocar com as notas ligadas?”

    Simples! E eu te explico:

    Tocar com as notas LIGADAS significa que, do momento em que você toca uma nota até o momento exato em que toca a nota seguinte, a primeira nota tem que ficar soando se ser interrompida.

    Isso vai LIGAR o som de uma nota na outra e é isso que chamamos de “tocar ligado”.

    No geral, em qualquer instrumento, inclusive no bandolim, é claro, devemos tocar o tempo todo com as notas ligadas.

    Então, é importante observar a sonoridade que você está tirando do bandolim ao tocar hoje, e perceber se está conseguindo tocar ligado, ou se está tocando tudo em staccato sem querer.  

    Se estiver tocando assim, procure tocar um pouco mais lento do que você está acostumado, pra prestar bem a atenção no som que está tirando do bandolim e assim, conseguir ligar as notas.

    No princípio você vai estranhar um pouco, mas vai perceber com o tempo, que o seu som vai ficando mais bonito, o bandolim começará a soar melhor e mais parecido com as gravações que você ouve nos discos!

    A dica é tocar devagar, observar a sonoridade do bandolim e ir buscando melhorar à medida que os dias, semanas vão passando.

    Lembre-se de nunca querer um resultado imediato, pois isso não existe! A evolução vem com o tempo e se você tem uma expectativa irreal, pode acabar se frustrando!

    Recapitulando então: 

    1. Toque mais lento do que está acostumado;
    2. Observe o som de cada nota e faça-o durar até tocar a próxima nota;
    3. Não crie expectativas irreais, pois a evolução vem com o tempo;
    4. Pratique com frequência, seja assíduo em praticar o bandolim, pra poder chegar no seu objetivo o mais rápido possível.

    Aqui embaixo eu deixo uma aula pra você entender na prática, ver e ouvir a diferença da sonoridade do ‘staccato’ e do ‘som ligado’ e te dou algumas dicas de como alcançar um som bonito no bandolim.


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  • Como Tocar a Escala Cromática Corretamente no Bandolim

    FAAAAALA, músico!

    Seja bem vinda! Seja bem vindo aqui no portal da música brasileira no seu celular!

    Hoje vamos falar sobre o tema que vai alinhar a sua técnica bandolinística e vai te permitir tocar tudo aquilo que quiser, sem dificuldades.

    Vamos entender como e porque tocar a ESCALA CROMÁTICA no bandolim de 8 ou de 10 cordas.

    É importante que você saiba que todo conteúdo aqui sobre bandolim, se adequa tanto ao bandolim de 8 cordas, quanto ao bandolim de 10 cordas. Quando for um conteúdo específico para um, ou para o outro, isso estará no título da aula. 

    Combinado!?

    Então vamos entender o que é a escala cromática.

    Pra isso, eu vou utilizar o teclado do piano e depois, passaremos pro bandolim.

     

    1. O QUE É A ESCALA CROMÁTICA

    A escala cromática é aquela em que devemos tocar todas as notas, de semitom em semitom, da nota de partida até a nota de destino. No caso do bandolim, devemos tocar de casa em casa, todas as notas, sem pular nenhuma!

    Um exemplo prático é um trecho do choro Brasileirinho do Waldir Azevedo.

    Veja:

    Brasileirinho trecho explicado

    Se você já sabe um pouquinho de teoria musical e conhece as notas musicais, então ficará mais claro pra você o que é o cromatismo, como se dá a escala cromática.

    Como falei anteriormente, vou utilizar o teclado do piano pra exemplificar, pra te ajudar a entender o movimento cromático.

    Veja:

    Escala cromática enarmonica no piano MusicaBrasileira.Online

    No bandolim, a escala cromática é tocada da seguinte maneira:

    Corda 4 (G) solta 
    Corda 4 na 1ª casa (G#) 
    Corda 4 na 2ª casa (A)
    Corda 4 na 3ª casa (A#)
    Corda 4 na 4ª casa (B)
    Corda 4 na 5ª casa (C)
    Corda 4 na 6ª casa (C#)

    A nota da corda 4 tocada na 7ª casa é exatamente a mesma (uníssono) da corda 3 tocada solta. Por isso é que optamos por utilizar a próxima corda, facilitando assim a digitação em uma extensão mais ampla, uma vez que a mão fica posicionada na primeira posição do bandolim, mas consegue tocar mais de 3 oitavas!

    Seguindo então… 

    Corda 3 solta (D)
    Corda 3 na 1ª casa (D#)
    Corda 3 na 2ª casa (E)
    Corda 3 na 3ª casa (F)
    Corda 3 na 4ª casa (F#)
    Corda 3 na 5ª casa (G)
    Corda 3 na 6ª casa (G#)

    Escala cromatica enarmonica no bandolim 8 cordas 001 MusicaBrasileira.Online

    No bandolim, seja o de 8 ou o de 10 cordas, sempre temos na 7ª casa uma nota que é uníssono da nota da corda imediatamente mais aguda. Isso serve para todas as cordas igualzinho, pois a afinação do bandolim mantém o salto de 5ª justa entre as cordas (E, A, D, G e o C no bandolim de 10).

    Corda 2 solta (A)
    Corda 2 na 1ª casa (A#)
    Corda 2 na 2ª casa (B)
    Corda 2 na 3ª casa (C)
    Corda 2 na 4ª casa (C#)
    Corda 2 na 5ª casa (D)
    Corda 2 na 6ª casa (D#)

     

    Corda 1 solta (E)
    Corda 1 na 1ª casa (F)
    Corda 1 na 2ª casa (F#)
    Corda 1 na 3ª casa (G)
    Corda 1 na 4ª casa (G#)
    Corda 1 na 5ª casa (A)
    Corda 1 na 6ª casa (A#)

    Escala cromatica enarmonica no bandolim 8 cordas 002 MusicaBrasileira.Online

    2. MÃO DIREITA NO BANDOLIM

    A mão direita do bandolinista fica a cargo da palheta.

    A função da mão direita é percutir as cordas com a palheta para que elas vibrem e produzam o seu som.

    Como uma dica para começar a exercitar a escala cromática no bandolim, é você tocar com a palheta só para baixo o tempo todo.

    Não tenha medo nem receio! Alguns dirão que tocar com a palhetada só pra baixo é “errado” mas isso não tem fundamento.

    Errado é pensar que só existe uma única forma de tocar!

    Comece tocando somente para baixo e conforme for pegando a manha da digitação correta, então você passa para a palheta alternada que é o moimento onde você toca uma palhetada para cima e outra para baixo, alternadamente.

    Esse é o movimento comum aos instrumentos de corda porém, em alguns momentos você vai preferir tocar somente palhetando para baixo! Com o tempo isso fica automático e você não se preocupa mais em escolher um jeito ou outro.

    Siga as orientações aqui e você vai conseguir evoluir muito bem e rápido! 

     

     

    3. MÃO ESQUERDA NO BANDOLIM

    Nós classificamos os dedos da mão esquerda de 1 a 4, da seguinte forma:

    Dedo 1 – Indicador
    Dedo 2 – Médio
    Dedo 3 – Anelar
    Dedo 4 – Mindinho

    Mão esquerda no bandolim MusicaBrasileira.Online

     

    A digitação da escala cromática no bandolim, no sentido ascendente, ou seja, do grave pro agudo, obedece exatamente o modelo mostrado abaixo:

    Corda solta
    Dedo 1 na Casa 1
    Dedo 1 na Casa 2
    Dedo 2 na Casa 3
    Dedo 2 na Casa 4
    Dedo 3 na Casa 5
    Dedo 4 na Casa 6

    Escala Cromatica Ascendente Digitacao no Bandolim MusicaBrasileira.Online

    Já a digitação da escala cromática no bandolim, no sentido descendente, ou seja, do agudo pro grave, obedece exatamente o modelo mostrado abaixo:

    Dedo 4 na Casa 6
    Dedo 4 na Casa 5
    Dedo 3 na Casa 4
    Dedo 2 na Casa 3
    Dedo 1 na Casa 2
    Dedo 1 na Casa 1
    Corda solta

    Escala Cromatica Descendente Digitacao no Bandolim MusicaBrasileira.Online

    O movimento, seja ascendente ou descendente, é sempre igual! Sempre utilizando os mesmos dedos dos modelos mostrados acima.

    Uma observação aqui que gera controvérsias, e pode confundir você, é o fato que alguns bandolinistas tocam a digitação da escala cromática descendente exatamente igual a ascendente.

    Dessa forma:

    Ascendente = 0, 1, 1, 2, 2, 3, 4
    Descendente = 4, 3, 2, 2, 1, 1, 0

     

    Enquanto que  acabei de te ensinar a tocar da forma que eu entendo como mais eficiente mecanicamente, mais fácil e que te permite utilizar menos força e dá maior resultado sonoro que é o formato:

    Ascendente = 0, 1, 1, 2, 2, 3, 4
    Descendente = 4, 4, 3, 2, 1, 1, 0



    Teste! 

    Mas existe uma explicação você encontra completa no meu livro ESCALAS PARA BANDOLIM: Digitação Inteligente Para Fluência Em Qualquer Tom.

    Essa digitação faz toda a diferença pra te dar mais velocidade, agilidade e uma ótima sonoridade,

     

    Se você quiser conhecer livro ESCALAS PARA BANDOLIM, acesse ESTE LINK, ou clique na imagem abaixo.

    Com essas dicas que te passei aqui, eu tenho plena convicção que você vai tocar e tocar muito bem o bandolim!

    A digitação da escala cromática no bandolim te permite posicionar perfeitamente a sua mão esquerda sobre a escala do instrumento e te dá o template, o shape, o molde ideal pra você tocar em qualquer região do braço do bandolim, definindo as suas digitações com base em uma lógica que faz sentido!

    Abaixo eu deixei uma aula em vídeo mostrando como tocar corretamente a escala cromática no bandolim.


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  • Por Onde Comecar no Bandolim: Exercícios ou Músicas?

    FAAAAALA, músico!

    Seja bem vinda! Seja bem vindo aqui no portal da música brasileira no seu celular!

    Hoje vamos falar sobre um mito entre os bandolinistas iniciantes (sejam aqueles que estão começando a tocar um instrumento pela primeira vez e nunca tocaram nada, sejam para aquele músico que já toca outros instrumentos como violão ou cavaquinho, e estão começando no bandolim  agora) e que eu vou te responder aqui até o final deste artigo!

     A pergunta que não quer calar entre os bandolinistas:

     

    “Por onde devo começar no bandolim: Exercícios ou Músicas?”

     

     A questão é mais simples do que parece, mas pode ser também complexa se você não souber responder algumas perguntinhas antes dessa!

    Vamos lá…

    1. Você já toca outro instrumento de corda?
    2. Você está acostumado com a palheta?
    3. Você sabe ler música, ou sabe tirar músicas de ouvido?
    4. Você vai tocar um repertório que você já toca em outros instrumentos, ou é algo totalmente novo?

    Independente de responder SIM ou NÃO para qualquer uma destas perguntas, o que realmente importa é você saber mais ou menos em que nível musical e técnico voc6e se encontra.

    O que você precisa realmente saber é que exercícios são importantes para você conseguir evoluir tecnicamente e assim, conseguir tocar bem o bandolim.

    Muitas vezes quando você trava numa música e não consegue tocá-la direito, é por que tá faltando alguma evolução técnica que te permitirá destravar e conseguir tocar melhor.

    Aí, o recomendado é você aprimorar sua técnica pra conseguir executar a música que deseja.

    A questão é: 

    Como saber qual exercício vai servir pra te ajudar a evoluir a técnica exata para vencer o trecho específico que está te travando?

    Então temos o outro lado da moeda que é justamente, fazer diversos exercícios para incrementar sua capacidade técnica a ponto de diminuir as dificuldades na hora de tocar.

    Porém, essa segunda opção, se utilizada o tempo todo – principalmente no início da sua história com o bandolim – vai te fazer enjoar do estudo.

    Além do mais, querer aprender a tocar um instrumento, seja bandolim, cavaquinho, violão, ou outro instrumento qualquer, somente com exercícios te tira o principal objetivo de tocar um instrumento:

    Fazer música!

    Por isso, o melhor a fazer é dosar entre uma coisa e outra.

    Tem algumas coisas que são imprescindíveis no início e que, obrigatoriamente, você tem que estudar antes mesmo das primeiras músicas.

    No caso do bandolim, é primordial você saber como tocar a ESCALA CROMÁTICA!

    E por quê?

    Porque ao digitar corretamente a escala cromática no bandolim, você estará posicionando a sua mão da maneira correta e essa posição, vai servir para 99% das músicas que você for tocar no futuro.

    Então, é o exercício mais importante que eu te recomendo fazer assim que pegar um bandolim para tocar pela primeira vez.

    Se você quiser,  aprender a tocar corretamente a escala cromática no bandolim, acesse esse post aqui mesmo no nosso portal.

    E para deixar uma explicação em vídeo para você, preparei uma aula rápida aonde te explico quais as recomendações eu dou aos meus alunos que estão começando a tocar o bandolim.

    Assista, pois o vídeo é bem rápido, mas eu te passo a visão do que esmiucei aqui nesta aula!

    Eu espero que você possa tocar tudo aquilo que sempre sonhou no bandolim e que possa vencer suas dificuldades técnicas estudando da maneira correta.

    E não esqueça de estudar a escala cromática exatamente do jeito como eu ensino NESTA AULA.

     

    Não esqueça de deixar um comentário dizendo o que você mais gostou dessa aula, aqui no final da página. Pra gente, é muito importante ouvir você!

     

    E aí, bora tocar?

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    As músicas usadas nas transcrições das cifras e partituras estarão nessa playlist que será atualizada o tempo todo com novas músicas pra você curtir, aprender e tocar junto!

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  • Qual a Melhor Palheta Pro Bandolim?

    FAAAAALA, músico!

    Seja bem vinda! Seja bem vindo aqui no portal da música brasileira no seu celular!

    Hoje vamos falar sobre qual é a melhor palheta para tocar o bandolim brasileiro. Você deve ter ou já ter tido essa dúvida. Isso eu aposto!

    Agora, me diz lá nos comentários depois de ler este artigo, se você é do tipo de músico que vai em busca da melhor palheta, ou se é daquele que não se importa muito e toca até com palheta recortada da tampa de margarina? 😁

     

    É só uma curiosidade! Nada demais… Pode ser sincero, viu! kkk

    A gente sabe que o que importa na música de verdade, é o seu conhecimento e a sua emoção ao tocar. Quando você essas duas coisas, a música que sai certamente será emocionante e de qualidade!

    Muitos músicos brasileiros criaram obras de arte nos tempos antigos, tocando em verdadeiros “paus com corda”, sem nenhuma qualidade do equipamento!

    E eu falo desde cordas, palhetas, dedeiras, captadores, até os próprios instrumentos que eram ruins…

    E o legal é percebermos que isso não diminui a genialidade destes caras que criaram verdadeiras obras de arte com sua simplicidade e rusticidade.

    Porém, hoje já não vivemos há 50, 70, 100 anos atrás, quando não se tinha muita opção, não é mesmo!?

    Hoje em dia temos muitas possibilidades em muitos aspectos da música!

    Temos excelentes instrumentos, dentro e fora do Brasil, afinal de contas, por aqui, temos luthiers muito talentosos que criam verdadeiras obras de arte com suas mãos.

    Temos muitos tipos de equipamento e temos a possibilidade de encontrar tudo isso, dentro e fora do Brasil, através da internet.

    E já que temos tantas possibilidades, é natural que a gente busque uma qualidade maior em nossos equipamentos musicais, para que possamos fazer música com maior qualidade.

    Pensando nisso, hoje vou compartilhar aqui com você 7 tipos de palhetas que eu já experimentei e portanto, eu recomendo aos meus alunos de bandolim, e delas, qual é a melhor, na minha opinião e por que.

    Lembre-se que há o fator ‘gosto pessoal’ na equação e que o que vou falar aqui não é nem deve ser tratado como unanimidade, ou como uma lei universal e imutável.

    É apenas a minha opinião e o meu gosto pessoal, que eu vou embasar e fundamentar para você poder entender, ok!?

    Então vamos lá:

    Qual a Melhor Palheta Pro bandolim?

     

    1. OS TIPOS DE PALHETA

    Tipos de palhetas MusicaBrasileira.Online

    Ao longo do tempo, muitos tipos de palhetas com diferentes materiais, foram usadas por músicos de todos os instrumentos e gêneros musicais, aqui no Brasil e fora também.

    Só para citar alguns tipos de palhetas feitas com diferentes materiais, deixamos aqui uma pequena lista, como você pode ver na imagem acima.

    São palhetas feitas de metal, madeira, nylon, acrílico, plástico, vidro e até mesmo, as famosas e arcaicas, palhetas feitas de casco de tartaruga.

    Uma curiosidade é que há muito tempo, era muito comum utilizar essas rústicas palhetas feitas com casco de tartaruga. Não é apenas um nome! Elas eram feitas do animal mesmo!

    É claro que com o passar dos anos, isso caiu em desuso e com o avanço da tecnologia, temos uma infinidade de outros materiais que podem ser fabricados sem a necessidade de sacrificar as nossas queridas tartaruguinhas, né!

    E o que você precisa se antenar, é que cada material vai oferecer características diferentes para se tocar o bandolim.

    Das características que eu destaco e que influenciam na hora de tocar o bandolim, e estão relacionadas aos diferentes materiais das palhetas estão:

    • Sonoridade/Timbre
    • Resistência/Maleabilidade

     

    2. SONORIDADE DAS PALHETAS

     

    sonoridade de palhetas para bandolim MusicaBrasileira.Online

    Os diferentes tipos de materiais encontrados nas palhetas para bandolim hoje, nos dão uma gama de possibilidades quando o assunto é a sonoridade ou o timbre que conseguimos tirar do bandolim.

    Palhetas de metal e vidro soam um pouco mais estridentes, com um som mais metálico mesmo.

    Já palhetas de madeira e nylon são um som mais “apagado”, menos estridente que as anteriores.

    Já as palhetas de casco de tartaruga, dão um timbre mais equilibrado ficando no meio termo entre estridência e um som mais velado.

    Por isso, é muito importante você observar o tipo de material da sua paleta, pois cada uma delas te dará uma sonoridade diferente no bandolim.

    Quando você testa vários tipos de materiais nas palhetas, você começa a perceber essas nuances e diferenças, que as vezes são pequenas e sutis, mas que quando percebidos por você, ajudam a compor a sua sonoridade dando personalidade ao seu toque no bandolim!

    Tanto a paleta, quanto as cordas certas, ajudarão a moldar o seu som, o seu timbre, a sua identidade como bandolinista.

    Isso serve para outros instrumentos como cavaquinho, guitarra, violão, ou qualquer instrumento!

     

    3. RESISTÊNCIA ou MALEABILIDADE DAS PALHETAS

     

    palhetas de bandolim com diferentes materiais MusicaBrasileira.Online

    É importante falar que diferentes materiais nas paletas de bandolim, te darão diferentes sensibilidades ao tocar, no que diz respeito à dureza, ou a moleza da palheta.

    O ideal para o bandolinista moderno, é uma palheta que fique no meio do caminho entre maleável e firme. Não pode ser muito dura, nem muito mole!

    Com uma paleta muito dura você terá dificuldade em tocar frases e músicas mais rápidas.

    Além disso, elas darão maior resistência do atrito com a corda, podendo ocasionar que você quebre mais cordas ao tocar com uma paleta muito dura.

    Já com uma paleta muito mole, você terá pouquíssima capacidade de trabalhar sons mais altos e mais baixos, ou seja, a dinâmica dos seus solos e acompanhamentos!

    Uma paleta muito mole não te permite pressionar mais a corda quando você quer tirar mais volume do bandolim. E no geral, o seu som vai ser ‘magrinho’ e estridente!

    No caso de uma paleta muito mole, o que vai quebrar com certa facilidade é a própria paleta, ao invés das cordas, uma vez que o fato de ela ser muito maleável a torna mais frágil nas cordas duplas e de aço do bandolim.

    O ideal é você encontrar uma espessura e um material que combinados, te deem recursos tanto para os solos, quando para os acordes e acompanhamentos no bandolim.

    Do contrário, seu timbre vai ficar pobre e sua interpretação, limitada.

     

    4. QUAL A PALETA EU INDICO E POR QUÊ? 

     

    paleta para bandolim MusicaBrasileira.Online

    Dentre tantas e tantas paletas testadas, até as feitas de cartão de crédito fora da validade e de tampa de pote de margarina, eu encontrei a melhor paleta do mundo (na mina opinião) para se tocar bandolim!

     

    ⚠️ALERTA
    ISSO NÃO É UMA PROPAGANDA PAGA! 
    (Bem que poderia ser…)

     

    Mas falando sério agora!

    A Jim Dunlop tem vários modelos de paletas porém, a que mais me agradou, em se tratando de sonoridade e de maleabilidade, foi a DUNLOP TORTEX AMARELA 0.73mm.

    Uma das características que diferencia essa paleta de todas as outras que eu já testei no bandolim, é o fato de que ela não é feita de plástico, nem acrílico, nem vidro, nem metal, nem madeira, nem cartão de crédito vencido, nem tampa de pote de margarina, nem ao menos de casco de tartaruga (ainda bem!).

    O material utilizado pela Jim Dunlop é o “Delrin”, que o diferencia no conforto, na sonoridade e na durabilidade.

    Delrin, também conhecido como acetal ou polioximetileno (POM), é um termoplástico de engenharia com diversas propriedades vantajosas que o tornam ideal para a produção de palhetas de guitarra, como as famosas Jim Dunlop Tortex.

     

    Características do Delrin:

    • Alta resistência e rigidez: O Delrin garante durabilidade e resistência ao desgaste, mesmo com uso intenso, evitando quebras e deformações.
    • Baixo coeficiente de atrito: Proporciona uma tocabilidade suave e precisa, com menos aderência à corda, facilitando a execução de técnicas complexas.
    • Estabilidade dimensional: Mantém sua forma e tamanho mesmo em ambientes com variações de temperatura e umidade, garantindo precisão e consistência ao tocar.
    • Fácil usinagem: Permite a criação de diferentes formatos e texturas nas palhetas, atendendo a diversos estilos musicais e preferências dos guitarristas.
    • Aprovado pela FDA: O Delrin é um material atóxico e livre de BPA, seguro para contato com a boca, mesmo durante longas sessões de prática ou apresentações.

    Conforme consta no próprio site da Jim Dunlop, veja uma tradução livre da descrição das palhetas Dunlop Tortex:

    “Lançadas pela primeira vez em 1981, as palhetas Tortex® foram originalmente planejadas para substituírem as paletas feitas de casco de tartaruga. No entanto, a criação pioneira de Jim Dunlop tornou-se muito mais do que isso, estabelecendo a sua própria identidade e tornando-se o novo padrão e a referência para todas as demais paletas produzidas pela marca.

    Com base na precisão, consistência e um sistema de medição com código de cores que ele introduziu com as palhetas de nylon, Jim resolveu criar uma palheta com um ataque brilhante e rápido, memória e durabilidade superiores e uma aderência aprimorada. 

    Ele escolheu o “Delrin” como material base e depois passou mais de um ano desenvolvendo um processo de tratamento especial para aproveitar todo o seu potencial. 

    Este processo de tratamento é o que diferencia as paletas Tortex® de todas as outras, proporcionando sua superfície fosca exclusiva que melhora a aderência e permite um ataque agressivo. 

    Finalmente, Jim expandiu o sistema de medidores codificados por cores de suas escolhas anteriores para criar a paleta brilhante e atemporal que se tornou um padrão da indústria. 

    Com a Tortex, Jim Dunlop lançou uma revolução e o mundo das palhetas nunca mais foi o mesmo. O logotipo da tartaruga é instantaneamente reconhecido em qualquer lugar e a vibrante paleta Tortex® tornou-se praticamente uma unanimidade.”

     

    Na prática, a palheta Dunlop Tortex, graças a este material inovador, dá ao bandolinista algumas características que outras paletas não dão, tais como:

    • Altíssima durabilidade;
    • Timbre muito bonito, sem ser estridente, nem sobrar agudos irritantes;
    • Não deixa serrilhado, o que evita atrito e agarre na corda;
    • Evita quebrar as cordas do bandolim com facilidade;
    • Tem uma maleabilidade ideal pro bandolinista pois permite solo e acompanhamento com a mesma firmeza e desenvoltura.

     

    A espessura que eu utilizo é a 73mm ou, simplesmente a Dunlop Tortex AMARELA!

    Cada espessura tem uma cor de referência e a famosa “amarelinha” é a ideal para o bandolim, tanto nos solos, quanto nos acordes para acompanhamento!

     

    Agora que você já sabe qual paleta e por que eu tenho a Dunlop Tortex Amarela como a melhor paleta para tocar bandolim, falta você escolher o melhor formato para você.

    Sim! Existem vários formatos e aí, o seu gozo e pegada irão determinar qual deles é melhor para a sua forma de tocar.

    Isso vai depender muito da sua pegada e da maneira como prefere segurar a palheta. Portanto, sabendo que a Dunlop Tortex Amarela é a que eu uso e recomendo, veja abaixo o formato que eu utilizo e as variações que você pode testar para escolher a que melhor se encaixa no seu jeito de tocar.

     

    5. A MINHA PALHETA PREFERIDA PARA TOCAR BANDOLIM (MINHA RECOMENDAÇÃO PRA VOCÊ)

     

    A Palheta Preferida de rafael Ferrari para Bandolim MusicaBrasileira.Online

    Essa é a mina paleta preferida, como você já sabe, que é a Jin Dunlop Tortex Amarela (73mm).

    E esse é o formato que eu utilizo porém, deixarei aqui embaixo alguns outros formatos disponíveis, para você testar e ver com qual você se adapta em sua pegada bandolinística!

     

    Agora que você já sabe qual é a melhor paleta – pelo menos, na mina opinião – para o bandolinista, adquira os diferentes formatos e veja qual é o que mais se adequa ao sei jeito de tocar bandolim!

    Faça testes de sonoridade, de resistência, de durabilidade, etc… E confirme o que eu disse aqui, na prática.

    Eu tenho certeza que se você ainda não utiliza a Dunlop Tortex, você vai dar um UP na sua sonoridade e na pegada no bandolim .

    Se você quiser adquirir as Dunlop Tortex Amarela, na versão STANDART, deixarei aqui abaixo um link para você comprar por um preço 5x mais em conta que nas lojas da sua cidade!

    COMPRAR DUNLOP TORTEX AMARELA 

    E pra você ver e ouvir na prática tudo que falei aqui, sobre a mina preferida, assista ao vídeo abaixo!  


    Não esqueça de deixar um comentário dizendo o que você mais gostou dessa aula, aqui no final da página. Pra gente, é muito importante ouvir você!


    E aí, bora tocar?

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    As músicas usadas nas transcrições das cifras e partituras estarão nessa playlist que será atualizada o tempo todo com novas músicas pra você curtir, aprender e tocar junto!

    Se você quer aprender teoria musical de maneira totalmente prática, Clique na imagem abaixo e entre pra nossa comunidade:

  • Craques da Música Brasileira: Jacob do Bandolim

    FAAAAALA, músico!

    Seja bem vinda, seja bem vindo aqui novamente!

    Hoje quero compartilhar com você que é apaixonado por música brasileira, um pouco da história de um dos maiores raque que nossa música já teve:

    • Jacob do Bandolim

    Antes de mais nada, quero te apresentar esta série chamada de conteúdos chamada CRAQUES DA MPB, que têm o objetivo de fazer um registro da vida e obra dos craque que fundaram, desenvolveram e projetaram a nossa música dentro e fora do Brasil.

    É muito importante saber a sua opinião e ouvir o que você tem a dizer lá no final do artigo, na parte dos comentários.

    Então, deixa uma mensagem pra nossa comunidade lá, nos diga um craque que gostaria de ver aqui, ou simplesmente deixe um recado pra contribuir com a história da nossa música brasileira.

    É muito bom poder ouvir você que tá sempre aqui conosco e eu te agradeço por isso!

    Vamos nessa então…

     

    CRAQUES DA MPB Jacob do Bandolim YouTube MusicaBrasileira.Online

    JACOB DO BANDOLIM

    Jacob Pick Bittencourt, mais conhecido como Jacob do Bandolimnasceu no Rio de Janeiro em 14 de fevereiro de 1918 e nos deixou prematuramente no dia 13 de agosto de 1969.

    Jacob do Bandolim foi um dos grandes músicos do choro, modernizando o gênero com a introdução de outros instrumentos não usuais como a sanfona e o vibrafone.

    Esse cara genial foi responsável por feitos inéditos que deixaram um legado, não só musical, mas também, um legado de registro histórico, pois ele ajudou a descobrir e a perpetuar compositores que seriam totalmente desconhecidos sem as suas ações de pesquisa e catálogo da MPB.

    Jacob era um músico que registrou com muito zelo, paixão e habilidade, músicas que até hoje são tocadas, estudadas e servem de referência para quem toca bandolim, ou mesmo para quem quer conhecer com propriedade a música brasileira. 

    São de sua autoria, clássicos do choro como:

    • “Vibrações”
    • “Doce de coco”
    • “Noites cariocas”
    • “Assanhado”
    • “Receita de samba”
    • “O voo da mosca”
    • “Bola Preta”
    • “Reminiscências”
    • “Entre mil, você”
    • “De coração à coração”
    • “Biruta”
    • “Diabinho maluco”


    …entre tantos outros choros, sambas, polcas, frevos, maxixes e outras composições e interpretações que a gente poderia citar aqui!

     

    O PRIMEIRO CONTATO COM O BANDOLIM E COM O CHORO

    Quando criança, no bairro da Lapa, Jacob ouvia um vizinho francês e cego, tocando violino e começou a se interessar por aquela música. Então, aos 12 anos, seu primeiro instrumento foi um violino, presente da sua mãe.

    Por não se adaptar ao arco do violino, Jacob começou a tocar com um grampo de cabelo da sua mãe e, reza a lenda, que uma vizinha, amiga de sua mãe, Raquel, viu Jacob tentando tocar o violino com o grampo de cabelo e comentou:

     

    “Amiga, o que esse menino tá tentando tocar não é violino. É um Bandolim!”

     

    Pouco depois Jacob ganharia um bandolim no modelo napolitano – aquele de cuia,  igual ao da imagem abaixo – e que é típico da música italiana. 

     

    Bandolim Napolitano

    Esse modelo era muito comum na época, no início dos anos 30. E foi assim  que Jacob começou sua trajetória, incorporando mais tarde, o nome de seu instrumento ao seu próprio nome artístico! 

    Jacob do Bandolim não teve professor, como ele mesmo sempre afirmou, e sempre foi um autodidata. No seu início com o bandolim, ele treinava repetindo trechos de músicas que ele ouvia na rua. 

    Com 13 anos Jacob ouviu um choro pela primeira vez. Estava sendo tocado no prédio em frente a sua casa e a música era “É do que há”, do clarinetista Luiz Americano. Jacob ficou tão encantado com aquela melodia que foi logo tratando de aprender aquela novidade, aquele ritmo novo que futuramente se tornaria a sua maior inspiração musical e o gênero que ele cultivou e defendeu com unhas dentes durante toda sua vida. 

    Em 20 de dezembro de 1933 ele se apresentou pela primeira vez na Rádio Guanabara, ainda como músico amador, com o Conjunto Sereno, formado por alguns músicos amigos dele. Eles tocaram o choro “Aguenta Calunga”, de autoria de Atílio Grany e Jacob, que nessa época ainda tocava de ouvido, não gostou do seu desempenho e decidiu estudar mais, antes de se apresentar novamente em público!

    Após se decidir pelo bandolim para ser seu instrumento, Jacob iniciou a sua carreira na rádio em 17 de maio de 1934, no Programa dos Novos, da Rádio Guanabara. O programa contava com o júri composto por Orestes Barbosa, Francisco Alves e Benedito Lacerda, dentre outros.

    Jacob havia entrado no concurso sem pretensões profissionais porém, saiu vencedor disputando com outros 28 concorrentes, recebendo nota máxima do júri!

    Durante toda a sua carreira, Jacob do Bandolim fez questão de registrar, não só em disco, as obras de compositores brasileiros vindos antes dele. Ele sempre se preocupou e tratou de exaltar os compositores e os instrumentistas da sua época! 

    Jacob tinha uma vasta coleção de fitas de rolo gravadas do rádio, que ele catalogava e fazia uma narração no início de cada música, gravando com sua voz falando o nome da música, o ritmo ou gênero musical, os compositores e a data, dentre outras informações que ele julgava fundamentais para um registro histórico apurado daquela composição.

    PS: Aqui eu quero fazer uma nota, pois acredito fortemente que esse exemplo deveria ser seguido hoje em dia, pois absolutamente nenhuma plataforma digital onde pagamos para ouvir música hoje, possui as informações da ficha técnica dos discos, tais como os instrumentistas que estão tocando naquele fonograma, os produtores, arranjadores, etc… e a gente sabe de algumas plataformas que até, nem pagam os direitos conexo a estes músicos. Além do que, a gente apenas vê os nomes dos intérpretes e eventuais convidados. Muitas vezes, nem o compositor é informado!

     

     

    JACOB, FOTÓGRAFO PROFISSIONAL

    Uma outra face do Jacob, e que mostra o quanto ele era apaixonado pela música brasileira, é que ele era mestre em fotografia. Ele aprendeu a técnica da microfilmagem, pra poder armazenar milhares de partituras em um espaço físico reduzido. 

    Jacob recebia baús de partituras de várias partes do Brasil e ali ele descobria músicas e compositores pelos quais ele ficava apaixonado. Muitos destes compositores descobertos nesses presentes que ele ganhava, ele registrou em disco. 

    Toda essa riqueza registrada por Jacob ao longo dos anos infelizmente se perdeu com o tempo! Muito do material que Jacob deixou ficou no MIS-RJ (Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro). Como era um material delicado, muito se perdeu por falta de um armazenamento adequado, com controle de temperatura e umidade. Além do mais, foram muitos anos desde a sua morte em 1969, o que deteriorou muito o material. 

    Felizmente, no início dos anos 2000, numa iniciativa liderada pelo cavaquinhista Sérgio Prata, em parceria com a Gravadora Rob Digital, as fitas de rolo deixadas por Jacob, muitas delas com gravações de saraus e rodas de choro realizadas na sala da sua casa e Jacarepaguá, foram digitalizadas e nelas foram descobertas muitas pérolas e coisas inéditas!

    Muitas destas fitas se desmanchavam após uma única passada no tocador de rolo e se não tivessem sido digitalizadas naquele momento, nunca mais poderíamos ouvir registros como o de Jacob tocando a valsa “Quando me lembro”, do Luperce Miranda, ou Jacob improvisando em “Noites cariocas” em uma roda de choro na sala da sua casa. Ou ainda, Jacob do Bandolim tocando Chopin!

    Também não descobriremos uma das coisas mais interessantes, e que mostrava a genialidade e o zelo com o qual o Jacob do Bandolim tratava o choro e a música que ele fazia: Os “play alongs” de Jacob!

    Para quem não sabe, Jacob ensaiava com o seu conjunto regional e os gravava sem que ele Jacob, estivesse tocando os solos das músicas. Assim, o áudio do regional se tornava uma base sem para que Jacob pudesse estudar e repetir ada música quantas vezes quisesse, aprimorando, testando seus solos e as suas interpretações.

    Essa técnica foi muito difundida por músicos do jazz e até hoje é muito usada no gênero. São os famosos PLAYALONGS, que servem para o estudo dos solistas. Nestes “play alongs” o solista ouve a base e estuda o solo sem precisar de um conjunto para o acompanhar nos ensaios. 

    Jacob já utilizava este recurso, muito provavelmente, desde os anos 40!

     

    JACOB E A SUÍTE RETRATOS

    Jacob tocava de ouvido, não lia partituras, até que o grande pianista e compositor gaúcho Radamés Gnattali, que entre os anos de 57 e 58, compôs uma suíte para bandolim, orquestra e conjunto regional de choro, dedicada especialmente a Jacob do Bandolim: a Suíte Retratos. 

     

    Radam6es Gnattali (E) e Jacob do Bandolim (D)
    Radamés Gnattali (E) e Jacob do Bandolim (D)
    Jacob do Bandolim tocado a Suíte Retratos
    Jacob do Bandolim tocando a Suíte Retratos com regência do próprio Radamés Gnattali

    Com a Suíte Retratos o desafio técnico do Jacob seria muito maior do que ele tinha tido até então, pois essa era uma música em quatro movimentos, que tinha sido pensada em cada nota, cada ornamento, cada expressão, para ele tocar. Porém, Jacob não lia música até esse momento!

    A suíte compota por Radamés se chama “Retratos” por se inspirar, em cada um dos 4 movimentos, em um dos grandes pilares do Choro: 

    • Movimento 1 – Choro – Pixinguinha
    • Movimento 2 – Valsa – Ernesto Nazaré 
    • Movimento 3 – Schottisch – Anacleto de Medeiros 
    • Movimento 4 – Corta Jaca – Chiquinha Gonzaga 

    Reza a lenda que Jacob se trancou no seu quarto durante todo o período de carnaval  de 1964, para estudar minuciosamente a obra, como ele mesmo comenta em uma carta enviada a Radamés, em maio de 1964:

     

    “…valeu estudar e ficar dentro de casa o Carnaval de 64, devorando e autopsiando os mínimos detalhes da obra…”

     

    Jacob contou com a ajuda de outro músico gaúcho, o Chiquinho do Acordeon, que não só, já o ajudava nos estudos de teoria musical desde 1949, como foi o primeiro a gravar a Suíte Retratos em 1956.

    A primeira audição pública da suíte retrato com Jacob do bandolim foi em agosto de 1964, acompanhado pela orquestra da CBS Protagon do Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro.

    A Suíte Retratos foi um salto de qualidade na carreira de Jacob e na música brasileira, com a fusão entre a linguagem camerística e a popular.

    Radamés nos deu uma nova leitura do choro que, embora pouco reconhecido na época, amadureceria cerca de uns 20 anos depois.

    Infelizmente, as plataformas digitais tem um acervo muito reduzido de discos antológicos e, portanto, só encontrei os movimento 2 e 4, com o próprio Jacob tocando.

    Curte aí…

     

    Jacob teve importante carreira no rádio e foi um dos que mais cultivaram as raízes da música brasileira, sempre defendendo seus compositores, seus intérpretes, seus instrumentistas e suas origens!

    Depois da vitória no concurso da Rádio Guanabara, Jacob foi chamado para revezar com já consagrado conjunto do Benedito Lacerda, o Gente do Morro, no acompanhamento de grandes artistas da época, dentre eles: Noel Rosa, Augusto Calheiros, Ataulfo Alves, Carlos Galhardo e Lamartini Babo.

    O seu conjunto passou a se chamar então, Jacob e sua gente e era formado por Osmar Menezes e Valério Farias – o Roxinho – nos violões, Carlos Gil não cavaquinho, Manuel Gil no pandeiro e Natalino no ritmo.

    Jacob também apresentou programas no rádio. O mais emblemático foi o programa no qual entrevistou nomes como Cartola, inclusive deixando um registro raro, acompanhando Cartola ao violão. Neste programa Jacob também fazia críticas à música e à indústria musical da época. Esse programa chamava “Jacob e Seus Discos de Ouro” e Jacob o gravara até a véspera de sua partida, em 1969.

     

    VIBRAÇÕES: A MATURIDADE MUSICAL DE JACOB

    Jacob alcançou sua maturidade musical e marcou seu nome na história da música brasileira ao montar o Conjunto Época de Ouro, no início dos anos 60. Com o Época de Ouro ele gravou, em 1967, aquele que é considerado o maior disco de choro de todos os tempos: Vibrações.

    Nesse disco nós temos arranjos muito bem feitos e uma visão musical de Jacob, empregando muito primor, com execuções impecáveis, dele e do seu conjunto.

    O Época de Ouro era formado por: Dino 7 cordas, no violão sete cordas, César Farias (pai do Paulinho da Viola) no primeiro violão de seis cordas, Carlinhos Leite no segundo violão de seis cordas, Jonas Silva no cavaquinho, Gilberto D’Ávila no pandeiro e Jorginho, no ritmo. Jorginho era Jorge filho, que era bem jovem na época e que depois ficou conhecido como Jorginho do Pandeiro.

    Nesse disco Jacob registrou o choro “Vibrações” que, além de dar nome ao LP lançado em 1968, tem uma história curiosa e bonita, contada pelo próprio Jacob no seu depoimento para a posteridade ao Museu da Imagem do Som do Rio de Janeiro, gravado no dia do seu aniversário ao completar 49 anos, em 14 de fevereiro de 1967.

    segundo Jacob, “Vibrações” foi uma música feita sem instrumento, parado em pé em frente a garagem de um amigo que estava lavando a garagem para uma roda de choro naquela mesma noite. O amigo vendo Jacob passar, o convidou mas Jacob, que não poderia comparecer, pediu papel de música e um lápis ao amigo e então, ali mesmo, parado na rua, escreveu a música ainda sem nome, naquela pauta em branco.

    Jacob entregou a música para o amigo e disse que era uma pequena homenagem a todos os chorões que estariam presentes naquela noite. No dia seguinte, pela manhã  cedinho, esse amigo, incrédulo, vai à casa de Jacob e conta que todos ficaram muito emocionados com a música e que, ele Jacob, não fazia ideia do que tinha feito, nem da dimensão do que ele tinha criado no dia anterior!

    Então esse amigo revela que batizou a música como “Vibrações”, pois acreditava Jacob para fazer algo tão belo daquela maneira, ó poderia ter recebido uma vibração divina!

    “Vibrações” é um dos choros que eu mais amo e é um dos mais bonitos de todo o repertório, não só do Jacob, como de toda a música brasileira. 

    JACOB: O MÚSICO AMADOR MAIS PROFISSIONAL QUE HOUVE

    Algumas curiosidades sobre Jacob é que ele se considerava um músico amador e tinha como seu trabalho, sua profissão, a carreira como serventuário da Justiça do Rio de Janeiro, pois Jacob foi escrivão de uma das varas criminais da capital. Ele dizia com orgulho que não sustentava a família da música! Assim, ele podia fazer somente aquilo que ele conviesse melhor, não precisando se submeter às gravadoras, nem precisar gravar música comercial, ou um repertório que ele não gostava!

    Outra curiosidade, é que sendo um ferrenho defensor do choro e das raízes brasileiras, avesso aos modernismo da época, como a bossa nova e o Jazz, Jacob sofreu seu primeiro infarto – dos três que ele teve – tocando no Clube da Bossa e do Jazz, enquanto solava “Lamento”, de Pixinguinha. Jacob teria ficado muito emocionado ao ver que um público muito jovem, frequentador e consumidor do jazz e da bossa nova, o estava ovacionando, junto com seu Conjunto Época de Ouro, enquanto tocavam choros, valsas e polcas.

    Infelizmente Jacob fumava cinco maços de cigarro por dia e isso enfraqueceu seu coração levando-o ao terceiro e derradeiro infarto, que o levou para sempre, quando chegava em casa, vindo da casa de Pixinguinha.

    Muitos dizem que Jacob estava muito emocionado pela condição de saúde em que o amigo passava – pois os dois eram muito amigos – e então, Jacob acabou desfalecendo nos braços da sua esposa Adília, na varanda de casa.

    Um final digno de um grande personagem de Shakespeare ou Macbeth, mas um final muito precoce, pois Jacob tinha apenas 51 anos de idade e o ano era 1969.

    Imagina quanta coisa esse cara tão genial poderia ter feito se tivesse vivido até os 80 ou 90 anos! 

    Nós que nascemos nos anos 80 por exemplo poderíamos ter visto tocar e essa é uma das curiosidades mais tristes sobre Jacob do Bandolim – principalmente para nós bandolinistas – que é o fato de que NÃO EXISTEM VÍDEOS de Jacob tocando seu bandolim!

    Sabe-se que muito material da TV Tupi e TV Record, onde o Jacob participou de diversos programas, se perderam em grandes incêndios. Sabe-se que outras emissoras como a Globo e a Bandeirantes, reaproveitavam as fitas, gravando novos programas por cima dos antigos e com isso, as imagens de Jacob se perderam para sempre!

    Desde que eu comecei a tocar bandolim nos ano 2000, sempre i uma movimentação do chorões e a criação de muitas campanhas e até, prêmios em dinheiro, para quem achasse gravações em vídeo, de Jacob tocando eu bandolim. 

    Infelizmente, o único vídeo que surgiu alguns anos atrás e que foi descoberto pelo meu amigo e grande bandolinista, Jorge Cardoso foi um vídeo de Jacob de apenas dois ou três segundos, tocando seu bandolim durante uma entrega do Prêmio Guarany, de melhor instrumentista brasileiro, em São Paulo, em 1954.

    Veja a entrevista de Sérgio Prata e Jorge Cardoso falando a respeito:

    Jacob não deixava filmar ou gravar os seus saraus. Apenas ele podia gravar e qualquer um que ficasse conversando, atrapalhasse a música, ou tratasse mal um músico, era gentilmente removido da ocasião!

    Jacob era assim! Um músico apaixonado pela música, pela arte, dedicado e perfeccionista em tudo que fazia, fosse a gravação de um disco, fosse um show, ou fosse um sarau em sua casa em Jacarepaguá.

    Não importava a ocasião. Jacob tratava a música com muito respeito e influenciava todos ao seu redor a entenderem a importância da música, com a sua atitude. As vezes ele era até rude com algumas pessoas, mas na maioria das vezes, Jacob do Bandolim era apenas um apaixonado que não permitia que ninguém fizesse mal à música!

    Esse foi Jacob do Bandolim! Um gênio do nosso país, reverenciado até hoje no mundo todo. Um apaixonado pelo Brasil, por suas raízes e que valorizava os músicos, os compositores e os talentos daqui, sem ficar pagando pau pra qualquer um, só por ser estrangeiro! 

    Jacob respeitava quem respeitasse a música, independente de quem fosse essa pessoa. Não importava se era alguém famoso, ou se era um estrangeiro, ou um completo desconhecido! Se ele percebesse talento ou paixão pela música em alguém, ele o tratava como um rei ou rainha! Isso Jacob cultivou e cultuou até o final de sua vida.

    Jacob Pick Bittencourt foi um cara que amava o Brasil, amava a sua música mais original e que nos deixou mais de 40 discos gravados, centenas de composições e um legado de valor inestimável!

    Hoje já é possível encontrar mais da sua história e da sua música disponíveis pela internet. Felizmente! Também temos biografias muito boas, como a da Ermelinda A. Paz, que é um livro fantástico e que foi o primeiro que eu li sobre Jacob do Bandolim.

    Se você quiser ler essa biografia muito bem escrita e cheia de histórias fantásticas, CLIQUE AQUI

    Eu espero que você tenha gostado do conteúdo e tenha viajado comigo por essa história tão mágica, desse cara que inspira demais toda música e eu e muita gente fazemos até hoje!

    Se você gostou, deixa seu comentário aqui, pois é muito importante saber o que você sentiu lendo essa história e saber o que você tá achando dessa série CRAQUES DA MPB!

    Embaixo eu vou deixar um vídeo recheado de imagens, pra você que prefere  ver e ouvir…


    Não esqueça de deixar um comentário dizendo o que você mais gostou dessa aula, aqui no final da página. Pra gente, é muito importante ouvir você!


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  • Aula de Bandolim: O Que é o ‘ARM REST’ no Bandolim?

    Bem vindo bandolinista!

    Você já deve ter se perguntando:

     

    “Que parte é essa do bandolim que a Grande maioria dos bandolinistas por aí não encontra nos bandolins tradicionais?”

     

     Pois é!

    O cara no Brasil, que começou a modernizar a construção do nosso bandolim brasileiro e com isso, começou a ser seguido criando uma tendência, foi o luthier de Jacareí/SP, Regis Bonilha.

    Quando o conheci, lá em 2014, começamos a trocar ideias sobre coisas que o bandolim poderia aproveitar de outros instrumentos e sobre coisas que precisavam evoluir no nosso bandolim brasileiro.

    O Regis é um cara muito estudioso da lutheria, muito inteligente e acima de tudo, muito criativo e inventivo. Ele não tem medo de fazer novas experiências e ver no que vai dar, em qual resultado vai chegar.

    Bom ou ruim, tudo é uma evolução e aponta uma nova direção a seguir. Essa é a filosofia do trabalho dele!

    Com isso, desenvolvemos por exemplo, um bandolim com tampo “double top” e com uma combinação de madeiras pouco usual aqui no Brasil: Caixa em maple (aquela madeira clarinha, a mesma dos bandolins do Jacob) e o tampo de Cedro canadense (aquela madeira mais avermelhada, geralmente combinada com os instrumentos com tampo em jacarandá).

    Vejam o instrumento que mencionei aqui embaixo: 

    Bandolim Regis Bonilha 2015

    Este foi o melhor bandolim que já tive.

    Infelizmente, deixei a música de lado entre 2018 e 2024 e por causa disso, acabei vendendo este bandolim para um aluno meu que mora na China.

    Se pudesse voltar no tempo eu não venderia!

    De toda forma, em 2021 eu recebi um novo bandolim do Regis Bonilha, este já com outra experiência que foi a utilização da escala ‘FAN FRET’, essa escala enviesada, onde os trastes ficam ‘tortos’.

    Esse é um tipo de construção da escala já bem difundido no violão clássico e os dois objetivos para posicionar os trastes dessa maneira são:

     

    1. Melhorar a afinação geral
    2. Melhorar a tensão das cordas mais graves 

     

    Por isso mesmo é que resolvemos experimentar no bandolim 10 cordas, já que no meu caso, utilizo corda de nylon no 5º par e de uma forma geral, a 5ª corda do bandolim de 10 é sempre bem desafinada quando se utiliza corda de aço e também, por conta do tamanho do bandolim em relação ao calibre da corda, ela não soa tão bem quanto num violão onde a escala é bem mais comprida e a tensão da corda fica bem melhor.

    O objetivo da escala ‘FAN FRET’ é aumentar o tamanho da escala na região das cordas mais graves, melhorando a tensão, melhorando também a afinação de modo geral.

    Veja uma foto do meu bandolim atual, também feito pelo Regis Bonilha :

     

    Bandolim 10 cordas - cordas duplas

    Bom, mas o assunto aqui não é sobre escala ‘FAN FRET’ mas sim, sobre o ‘ARM REST’, não é mesmo!?

    No final das contas, tudo está relacionado à modernização da construção do bandolim brasileiro, contudo, escolhi falar sobre o ‘ARM REST’ por que ele traz alguns benefícios bem legais pra nós bandolinistas.

     

    CONFORTO AO TOCAR

    O termo ‘ARM REST’ vem da língua inglesa e significa, numa tradução livre, um ‘DESCANSO DE BRAÇO’.

    Se você observar, ele fica numa região aonde você apoia o braço na lateral/tampo do bandolim enquanto está tocando.

    Como ali na junção da lateral com o tampo, se forma uma quina, um cantinho com uma curva bem acentuada, acaba que é um pouco incômodo apoiar o braço ali por muito tempo.

    Com a aplicação do ‘ARM REST’ naquela região, você obtém um conforto muito grande, uma vez que a peça de madeira utilizada ali tem uma curvatura, um arredondamento das bordas, conferindo muito conforto.

    Isso vai te permitir tocar por horas sem ter nenhuma dor na região do braço que fica em contato com o bandolim.

    Esse conforto te permite não apenas tocar mais tempo sem cansar o braço, como permite de forma geral, tocar melhor uma vez que sua atenção não fica no incômodo do braço em contato com o tampo do bandolim.

    Claro que não podemos generalizar!

    Para algumas pessoas vai incomodar mais do que pra outras. Isso é norma!

    O importante é que observei que, de uma forma geral, todos os meus alunos e os músicos que conheço que utilizaram o bandolim do Regis Bonilha com ‘ARM REST’ comentaram ser muito mais confortável e trazer maior desenvoltura ao tocar.

    É como você dirigir um carro com direção mecânica, um com direção hidráulica e outro com direção elétrica. 

    O conforto vai aumentando e te permite dirigir distâncias maiores cansando menos e tornam o ato de dirigir muito mais prazeroso e menos desgastante.

    Resumindo: o conforto é um ponto forte desse incremento na construção do bandolim.

     

    ARM REST no Bandolim

    Acima, no detalhe, o ‘ARM REST’ no bandolim 10 cordas.

     

    PROJEÇÃO DE SOM (VOLUME DO BANDOLIM)

    Um outro incremento dos bandolins com ‘ARM REST’ são a projeção de som que é maior.

    Esse é um detalhe que acrescentam, e muito, na sonoridade acústica do bandolim, seja ele de 8 ou de 10 cordas.

    O que acontece é que o ‘ARM REST’ fica colado na lateral da caixa e não no tampo!

    Sobre o tampo, o ‘ARM REST’ fica flutuando, ou seja, o seu braço não encosta mais no tampo quando você está tocando.

    Você descansa o braço sobre o ‘ARM REST’ e este por sua vez, está colado na lateral, deixando o tampo 100% livre para vibrar.

    Com isso, tanto a projeção de som do teu bandolim, quanto o timbre e, principalmente, o ‘sustain’ vão aumentar/melhorar!

     

    “Mas o que é ‘sustain’, professor?

     

    O ‘sustain’ é o tanto que uma nota fica soando após você toca-la no instrumento.

    Pensa comigo na mecânica de um instrumento de cordas como o bandolim, o cavaquinho ou o violão:

    Você estica as cordas para elas ficarem tensionadas;
    Você percute essas cordas para que elas vibrem;
    As ondas dessa vibração entram pela boca do bandolim, batem no fundo (madeira dura) e voltam em direção ao tampo (madeira fina e mais maleável) fazendo-o vibrar e amplificar o som.

    Essa é a mecânica de um instrumento de cordas, explicando de uma maneira bem fácil de entender.

    Agora que você sabe que o responsável pelo som gerado, pelo quanto volume esse som tem e do tanto de tempo que esse som fica soando no ambiente, é a vibração do tampo do bandolim, imagina você tocando e apoiando o braço o tempo todo sobre o tampo.

    Será que o tampo irá vibrar mais, ou menos, com algo segurando ele?

    Menos, né!

    Com isso, além de vibrar menos, de ter menos projeção de som, menos volume, o som dura menos a cada nova, quando o seu braço está apoiado no tampo, mesmo que minimamente.

    Já com o acréscimo do ‘ARM REST’ isso não acontece mais!

    O seu braço fica descanado sobre o ‘ARM REST’ que está colado nas laterais do bandolim (que não vibram), deixando o tampo livre pra soar mais e por mais tempo.

    E esse é um ótimo ganho para a qualidade da sua sonoridade como bandolinista.

    Se me perguntar hoje se prefiro um instrumento com ou sem o ‘ARM REST’ , certamente eu prefiro com ele!

     

    “E quanto à parte estética, professor?”

     

    Bom, aí é uma questão de gosto e isso é individual de cada um e não dá pra entrar no mérito!

    Agora, se você me perguntar se eu prefiro um instrumento digamos, “menos bonito” que soe melhor, ou um mais bonito que não soe tão bem… eu fico com a primeira opção sem sobra de dúvidas.

    É aquela coisa né: o objetivo de ter um bom instrumento é fazer música com a maior qualidade possível e não, aparecer na foto! rsrsrsr

    Mas é claro que o ideal, até por se tratar de um investimento considerável quando se trata de um instrumento feito à mão por um bom luthier, que ele soe muito bem e ainda, seja muito bonito.

    Veja abaixo a imagem do ‘ARM REST’  num bandolim de 8 cordas, aliás um grande bandolim de 8 cordas, feito também pelo luthier Regis Bonilha que hoje, na minha opinião, é o que faz o melhor bandolim do Brasil.

    Veja que nesse caso, o ‘ARM REST’ é mais discreto:

     

    Arm Rest Bandolim 8 Cordas Regis Bonilha

    Assista ao vídeo abaixo e veja a aula aonde te mostro em detalhes o ‘ARM REST’ e suas utilidades.


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  • Aula de Bandolim: Como Tocar Corretamente as Cordas Duplas do Bandolim

    Bem vindo bandolinista!

    Nesta aula eu vou te ensinar a Como Tocar Corretamente as Cordas Duplas do Bandolim, para que você possa tirar um som bonito do instrumento e não erre na hora de se acostumar com um instrumento de cordas duplas.

    O bandolim, só lembrando, possui 4 cordas duplas afinadas em intervalos de quintas justas:

    1.ª corda – E (Mi)
    2.ª corda – A (Lá)
    3.ª corda – D (Ré)
    4.ª corda – G (Sol)

    No bandolim de 10 cordas, temos 1 par a mais, que soa mais grav. A afinação das demais cordas do bandolim de 10 é a mesma do bandolim de 8 cordas. Apenas ele tem um par mais grave. Assim como no violão 7 cordas, que possui uma sétima corda mais grave que o violão de 6 cordas!

    No bandolim 10 cordas a afinação fica assim:

    1.ª corda – E (Mi)
    2.ª corda – A (Lá)
    3.ª corda – D (Ré)
    4.ª corda – G (Sol)

    5.ª corda – C (Dó)

     
    DIFERENÇAS ENTRE O BANDOLIM E O CAVAQUINHO

    É muito comum o músico que toca cavaquinho, também tocar o bandolim! Se é o seu caso, parabéns, pois são dois instrumentos fantásticos.

    Todavia, para quem ainda está se aventurando no bandolim, pode ter problemas de adaptação justamente pelo fato do cavaquinho ser um instrumento de cordas simples e o bandolim ser um instrumento de cordas duplas.

    Veja na imagem abaixo a escala do cavaquinho e a do bandolim:

    Mão esquerda no cavaquinho
    Bandolim 10 cordas - cordas duplas

    Como você observou acima, o bandolim possui cordas duplas então podemos dizer que ele possui 8 ou 10 cordas.

    Contudo, precisamos entender essa mecânica pra podermos tocar corretamente o bandolim e uma dúvida que os meus alunos iniciantes, ou mesmo os curiosos, alunos de cavaco ou violão, sempre me perguntaram ao ver o bandolim pela primeira vez é:

     

    “Professor: tenho que tocar cada corda individualmente ou devo tocar cada dupla ao mesmo tempo?”

     

    E essa dúvida é muito genuína uma vez que dizemos que o bandolim possui 8 cordas ( ou 10 cordas, no caso dessa outra verão) o músico pode pensar que deve tocar cada corda individualmente afinal, no violão de 7 cordas, por exemplo, tocamos cada corda individualmente.

    Mas o detalhe é que no violão, seja de 6 ou 7 cordas, elas não ficam posicionadas aos pares e cada corda é afinada numa nota diferente.

    Já no bandolim, apesar de dizermos que ele tem 8 ou 10 cordas – e de fato, este é o número de cordas que ele tem – para termos prático, temos 4 notas diferente no bandolim de 8 cordas, e 5 notas diferentes no bandolim de 10 cordas.

    Então, pela lógica, se temos 8 cordas e 4 notas, só podemos pensar que cada par é uma nota diferente e, portanto, encaramos uma dupla como uma corda única.

    Na viola caipira por exemplo, que também possui 5 cordas duplas, temos uma peculiaridade que a diferencia do bandolim:

    Na viola temos algumas notas em uníssono (mesma nota na mesma altura), e outras que são a mesma nota, porém, oitavadas (em alturas diferentes, ou seja, a mesma nota, só que uma corda é mais grave que a outra do mesmo par).

    Se tiver a oportunidade de ver uma viola caipira de pertinho, observe as cordas mais graves dela.

    Veja na imagem abaixo:

     

    Cordas da Viola Caipira

    Observe que as cordas 1 e 2 (AMARELO) são do mesmo calibre, ou seja, são exatamente a mesma nota.

    Já as cordas 3, 4 e 5 são de calibre diferentes dentro do mesmo par, ou seja, sã0 oitavadas, como já expliquei anteriormente.

    É por isso que a viola caipira tem um som tão peculiar! 

    Já no bandolim, todas as cordas são em uníssono e, portanto, cada dupla de cordas tem exatamente o mesmo calibre, ou seja, o mesmo som.


    COMO TOCAR AS CORDAS DUPLAS DO BANDOLIM

    Agora que você já tem uma boa ideia de como o bandolim é fisicamente, da relação das cordas em cada par e da afinação do nosso querido bandola, é hora de ver na prática como tocar cada corda, tirar suas dúvidas e começar com o pé direito neste instrumento mágico que é o nosso bandolim brasileiro!

    Assista à aula abaixo, que é bem rápida, e onde eu vou te mostrar de perto como tocar corretamente as cordas duplas do bandolim.


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  • Partitura: Carinhoso (Pixinguinha) Arranjo: Camerata Brasileira

    Arranjo de Rafael Ferrari quando integrante do grupo Camerata Brasileira, que formou em 2001. 

    Nos anos 2000 a 2002 Rafael Ferrari foi um dos músicos que ajudou a renovar a cena da música instrumental e do choro de Porto Alegre, dando destaque ao bandolim, criando a Camerata Brasileira com a qual se apresentou em todas as regiões do Brasil, Paraguai e Cuba e com a qual gravou 3 discos, todos independentes:

    1. Deixa assim (2004)
    2. Noves fora (2007)
    3. Instrumental RS (2010) 

    Neste disco Rafael Ferrari atuou junto com os músicos Luis Barcelos (cavaquinho), Rafael Mallmith (violão 7 cordas), Moysés Lopes (violão 6 cordas) e Anderson Balbueno (pandeiro).

    A Camerata Brasileira teve várias formações e Rafael Ferrari despediu-se do grupo que criou, em 2010, para dedicar-se ao seu trabalho solo, o Bandolim Campeiro

    Abaixo algumas imagens das suas primeiras formações da Camerata Brasileira.

    1. Com o flautista Plauto Cruz durante comemoração do aniversário de Porto Alegre em 2003;
    2. Com Avendano Jr. Cavaquinhista de Pelotas/RS que foi amigo de Waldir Azevedo e teve seu choro “Assim traduzi você” gravado pelo mestre do cavaquinho;
    3. Camerata Brasileira em Olinda/PE após show com participação especial de Maíra e Moêma Macedo.
    4. Gravação do disco Noves Fora em 2007, ao lado do bandolinista pernambucano, Marco Cesar Brito;
    5. Gravação do disco Noves Fora, Estúdio Carranca, Recife/PE em 2007;
    6. Camerata Brasileira (Rafael Ferrari, Moysés Lopes, Edgar Araujo e Rodrigo Siervo) em turnê por Pernambuco/2006.

    Camerata Brasileira e Plauto Cruz
    Camera ta Brasileira, Maíra e Moema Macedo
    Camerata Brasileira Recife, Rafael Ferrari Estudio Carranca
    Camerata Brasileira e Avendano Jr.
    Camerata Brasileira Rafael Ferrari e Marco Cesar
    Camerata Brasileira Olinda

     

    Abaixo você pode ouvir a gravação do Carinhoso, com arranjo de Rafael Ferrari para a Camerata Brasileira no disco Deixa Assim (2004). 

     

    Dicas para você que vai tocar essa música:

     

    1. O ritmo é o choro-canção, mais lentinho;
    2. O tom é o de F (Fá Maior), com a segunda parte em Am (Lá Menor) 
    3. Este é um choro de duas partes, incomum à época, mas que não o torna menos qualificado como um choro de qualidade, pelo contrário: o Carinhoso é uma das músicas mais gravadas no mundo em todos os tempos;
    4. Este é um arranjo camerístico para conjunto regional, inspirado nos arranjos de Radamés Gnattali para a Camerata Carioca;
    5. Bom estudo e bons ensaios!

    Esta partitura de choro para conjunto regional com um arranjo camerístico é uma transcrição do disco DEIXA ASSIM, da Camerata Brasileira de Porto Alegre, lançado de forma independente no ano de 2004.

    Este é um arranjo para conjunto regional formado por violão de 6, violão de 7, cavaquinho, bandolim e pandeiro. Não possui um solista fixo, pois a melodia passeia por todos os instrumentos.


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