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  • Craques da Música Brasileira: Dedé da Portela, Jorge Aragão e Roberto Ribeiro

    FAAAAALA, músico!

    Seja bem vinda, seja bem vindo aqui!

    Hoje quero compartilhar com você que é apaixonado por música brasileira, um pouco da história de 3 craques da nossa MPB:

    • Dedé da Portela
    • Jorge Aragão
    • Roberto Ribeiro

    Antes de mais nada, quero te apresentar esta série de conteúdos que têm o objetivo de fazer um registro da vida e obra dos craque que fundaram, desenvolveram e projetaram a nossa música dentro e fora do Brasil.

    É muito importante saber a sua opinião e ouvir o que você tem a dizer lá no final do artigo, na parte dos comentários.

    Então, deixa uma mensagem pra nossa comunidade lá, nos diga um craque que gostaria de ver aqui, ou simplesmente deixe um recado pra contribuir com a história da nossa música brasileira.

    É muito bom poder ouvir você que tá sempre aqui conosco e eu te agradeço por isso!

    Vamos nessa então…

     

    Dede da Portela

    DEDÉ DA PORTELA

    Vamos lá para esse primeiro craque que é o Dedé da Portela bom Dedé da Portela é o nome artístico de Edson Fagundes que nasceu em São Paulo em 28 de Maio de 1939 e faleceu em Nova Iguaçu no Rio de Janeiro em 18 de fevereiro de 2003.

    Dedé, apesar de ser paulista, viveu a maior parte da vida em Nova Iguaçu e se identificou com o samba carioca, com o carnaval e com a tradicional escola de samba, Portela.

    Dedé da Portela foi um dos importantes músicos da escola de Oswaldo Cruz e a sua parceria mais produtiva e duradoura foi com o Norival Reis, com quem compôs em 1984 o enredo “Contos de Areia”, samba enredo emblemático com o qual a Portela ganhou o Carnaval do Rio de Janeiro naquele ano.

    Ô velho o Dedé da Portela também foi o compositor responsável por outros sambas enredo como o “Danças folclóricas brasileiras”, do Bloco Leão de Iguaçu, em 1973,  “Petrópolis, ontem e hoje”, do Bloco Leão de Agosto, de 1976 e “Festa da Aclamação”,  de 1997.

    Dedé da Portela ficou conhecido pelo seu grito de guerra emblemático na entrada da escola, pra quem já ouviu, não tem como não lembrar:

     

    “Daaaaaaaa-le Porteeeeeeeeeeela!!!”

     

    Dedé tem muitas músicas feitas com diversos parceiros e uma discografia muito bacana que merece ser ouvida!

    Ele deixou centenas de músicas ainda inéditas e para citar apenas algumas das suas músicas mais emblemáticas nós temos: 

    “Resto de esperança”
    “Falem mal, mas falem de mim”
    “Pagode da Tia Maria”
    “Meu dia de graça”
    “Praias de Pedra Branca
    “Palavra de um preto velho”
    “Palavra de mãe”
    “Terreiro de Bamba”

    Esta são apenas algumas canções de uma obra imensa e entre as últimas gravações de músicas suas, segundo o site e IMMuB, a gravação mais recente de uma música de Dedé da Portela é do disco ao vivo em comemoração dos 40 anos da cantora instrumentista Nilze Carvalho.

    Neste disco que ela gravou “Peço a Deus” e vale a pena vocês escutarem!

    Aqui embaixo eu vou deixar aqui um vídeo muito bacana com um documentário feito na década de 80, eu acredito, mostrando várias histórias, muitas músicas de Dedé da Portela e Norival Reis e onde você pode ter um pouco mais de noção da paixão que ele tinha pelo samba e de onde saíram tantas músicas bonitas!

    Este vídeo eu assisti lá no canal Resistência Samba de Raiz e eu peço pra depois de chegar aqui ao final e deixar o seu comentário, que visite o canal deles e assista mais vídeo lá e sigam eles, pois ele têm conteúdos bem bacanas no canal dele.

    Assista ao documentário “DOIS ENREDOS, MUITAS ALEGORIAS: DEDÉ DA PORTELA E NORIVAL REIS”:

     

    Jorge Aragao

    JORGE ARAGÃO

    Outro craque que compôs essa música em parceria com o Dedé da Portela foi o Jorge Aragão que acredito que você deva conhecer, já que ele tá em atividade até hoje, não é verdade!?

     O Jorge Aragão é um carioca de ascendência amazonense começou a sua carreira no samba na década de 70. Ele era guitarrista e tocava em bailes e casas noturnas aonde teve contato com diversos gêneros musicais diferentes. 

    O fato de ele ter começado musicalmente num gênero fora das rodas de samba ajudou Jorge Aragão a ser um sambista que explora novas possibilidades e traz novidades para dentro do samba,  criando um estilo próprio, o que marcou sua carreira, seu discos e suas composições.

    Jorge Aragão se considera um seguidor de cantores de mestre como Candeia, Roberto Ribeiro e Monarco, devido às suas vozes emblemáticas!

    Como compositor ele despontou em 76 quando a Elza Soares gravou uma música sua chamada “Malandro”, que é do Jorge Aragão em parceria com o Jotabê.

    Escuta aí a gravação do primeiro samba de Jorge Aragão a aparecer na discografia da MPB:

    Outro detalhe pra quem não sabe, é que o Jorge Aragão foi integrante do Grupo Fundo de Quintal na sua primeira formação. Ele foi um dos seus principais compositores e letristas na época.

    A primeira formação do Grupo Fundo de Quintal, além do Jorge Aragão, contava com Bira Presidente, Ubirany, Sereno, Sombrinha, Almir Guineto e Neoci.

    Jorge Aragão participou do primeiro disco do Fundo de Quintal intitulado “Samba é No Fundo de Quintal” de 1980, que eu deixo aqui pra você ouvir na íntegra e curtir a estreia deste que é um dos maiores grupos de samba de todos o tempos!

     

    Depois de participar do primeiro disco do Grupo Fundo de Quintal, Jorge Aragão deixou o conjunto para se dedicar a sua carreira solo lançando o seu primeiro álbum no ano seguinte, em 1981. 

    Esse álbum era intitulado simplesmente “Jorge Aragão” que você pode escutar na íntegra lá no site do IMMuB.

    Quase todos os intérpretes do samba, como Beth Carvalho, Alcione, Zeca Pagodinho, e Martinho da Vila, só pra citar alguns, têm canções, ou em parceria com Jorge Aragão, ou possuem músicas dele no seu repertório.

    Jorge Aragão fez muito sucesso no final dos anos 90 com uma versão da Ave Maria de Gounod, tocada em ritmo de samba e com solo de cavaquinho com afinação de bandolim.

    Essa música foi gravada no dico Jorge Aragão AO VIVO e aqui no portal temos a transcrição com a partitura pra você tocar.

     

    Para ter a partitura clique em: “

    Partitura: Ave Maria (Gounod) Versão: Jorge Aragão

    Roberto Ribeiro

    ROBERTO RIBEIRO

    Agora que nós já falamos de dois compositores fantásticos do samba, o que a gente pode falar desse intérprete esplendoroso do qual eu sou muito fã, que é o Roberto Ribeiro?

     Seu nome era Demerval Miranda Maciel, mas ele ficou mais conhecido como Roberto Ribeiro. Ele nasceu em Campos dos Goytacazes em 20 de julho de 1940 e faleceu na Cidade do Rio de Janeiro em 8 de janeiro de 1996.

    Roberto Ribeiro foi cantor e intérprete de sambas enredo primeiramente. Depois, com o desenrolar da sua carreira artística, registrou uma discografia sensacional que inclui muitas parcerias com outros grandes intérpretes e compositores, como as dos discos com as cantoras Simone e o disco com a cantora Elza Soares.  

    Roberto Ribeiro construiu uma grande respeitável carreira como intérprete e também, como compositor, desde a segunda metade da década de 60. Ele era dono de uma voz bem timbrada e um fraseado enxuto! 

    O seu repertório incluía sambas mas também, outros ritmos e gêneros musicais de origem africana, tais como o afoxé, ijexá, maracatu… 

    Alguns dos sucessos da discografia do Roberto Ribeiro, que você talvez conheça, são as músicas:

    “Acreditar”
    “Estrela de Madureira”
    “Todo menino é um rei”
    “Vazio”
    “Malandros maneiros”
    “Fala Brasil”
    “Amor de verdade”

    …entre tantos outros!

    Eu sou suspeito pra falar, pois o Roberto Ribeiro é um dos meus intérpretes favoritos,  junto com o João Nogueira e o Mauro Duarte.

    Agora, uma curiosidade que talvez muitos não saibam, é que o Roberto Ribeiro foi jogador de futebol profissional lá na cidade natal dele, jogando pelo Goytacazes Futebol Clube. Ele era goleiro e era conhecido pelo apelido de Pneu.

    Em 1965 Roberto se mudou para a cidade do Rio de Janeiro em busca de um lugar em um clube grande carioca e chegou a treinar no Fluminense, mas acabou desistindo da carreira e começou a trabalhar com a música se apresentando no programa A Hora do trabalhador, da Rádio Mauá, na Cidade do Rio de Janeiro.

    Sua performance nessa oportunidade chamou muito a atenção de uma compositora chamada Liette de Souza, que mais tarde viria a se tornar sua esposa.

    Liette era irmã do compositor Jorge Lucas e resolveu apresentar Roberto Ribeiro aos sambistas do Império Serrano. Roberto passou a frequentar as rodas de samba da tradicional escola de Madureira e a diretoria do império o convidou para ser intérprete do samba enredo da escola no carnaval de 1971.

    Roberto Ribeiro chegou a gravar e tocar ao lado de nomes como Chico Buarque,  Gonzaguinha, Clara Nunes, entre outros com como Simone e Elza Soares, como já citamos.

    Com a Clara Nunes ele registrou um dos duetos mais lindos do samba que é a música “Artifício”, de Aluísio Machado. Escuta aí e depois deixa nos comentários se esse não é um dos sambas mais bonitos de todos os tempos!

    Bom! Depois de tanta informação bacana e de tanta música linda que a gente pode descobrir aqui, eu quero dizer para você que a ideia dessa série CRAQUES DA MPB é falar um pouco da história de vida e obra dos craques da nossa MPB, além de contar algumas curiosidades e histórias de bastidores sobre os nossos mestres, sejam eles do passado ou do presente, falar de suas carreiras, repertório, discografia, etc, registrando a sua memória e compartilhando um pouco da genialidade dessas figuras que fundaram a nossa cultura brasileira e nos inspiram diariamente!

    E mais do que isso! É uma forma de homenagear todos aqueles que ajudaram a formar a nossa identidade enquanto nação, enquanto cidadão brasileiro, com costumes, com trejeitos, com sotaques, com estilos e com um balanço único na música brasileira e que são reverenciados até hoje no mundo inteiro.

    Eu espero que você tenha gostado desse conteúdo e se você tem alguma história interessante que acrescentar alguma coisa coloca aqui nos comentários que vai ser bem legal ouvir a sua contribuição!

    Abaixo deixei o vídeo com esse compilado, caso você goste mais de ver e ouvir, do que ler. Aqui você tá em casa! 


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  • Partitura: Ave Maria (Gounod) Versão: Jorge Aragão

    Charles Gounod não é brasileiro, nem nunca compôs, tocou ou sequer, ouviu um samba, pois viveu entre 1818 e 1893 na França e foi um compositor de  óperas para música religiosa.

    Exatamente por isso, em 199 no seu disco JORGE ARAGÃO AO VIVO, com solo de Marcão no cavaquinho com afinação de bandolim, Jorge Aragão e sua banda fizeram esse registro que emocionou muita gente e trouxe essa oração em ritmo de samba para memória de todos os brasileiros!

    CAPA Jorge Aragao AO VIVO 1999

    Abaixo você tem a gravação desse disco e mais abaixo um pouquinho, antes da partitura dessa oração em forma de samba, você tem o vídeo de Jorge Aragão AO VIVO com sua banda, interpretando a Ave Maria de Gounod com Marcão no cavaco com afinação de bandolim. 

     

    Dicas para você que vai tocar essa música:

     

    1. O ritmo é um samba nem muito lento, nem muito rápido. Cadenciado! Na manha;
    2. O tom é G (Sol Maior);
    3. A forma é tocar toda a música, repetir do início até o fim.

    Esta partitura de samba para bandolim é uma transcrição do disco  JORGE ARAGÃO AO VIVO, lançado no ano de 1999 pela Indie Records | 325911001192.

    Também é uma partitura de samba que serve para o acompanhamento no cavaquinho, no violão de 6 ou violão de 7 cordas e pode ser solada no bandolim, flauta, piano, violão ou qualquer outro instrumento que esteja dentro da extensão desta melodia.


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    PARTITURA Ave Maria (Gounod) Ver. Jorge Aragao Pag 1
    PARTITURA Ave Maria (Gounod) Ver. Jorge Aragao Pag 2

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  • Cifra: Resto de Esperança (Dedé da Portela e Jorge Aragão)

    Nesse samba de Dedé da Portela em parceria com Jorge Aragão, trazemos hoje aqui para você uma transcrição que fiz há muitos anos, do disco FALA MEU POVO! Gravado em 1980, na voz poderosa do grande Roberto Ribeiro.

    Capa - Disco Disco Fala Meu Povo - Roberto Ribeiro - 1980

    Roberto Ribeiro: O “Rei do Samba” que dominou a Era de Ouro do Império Serrano!

    Um Talento Inato:
    Nascido em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, em 1946, Roberto Ribeiro já demonstrava desde cedo um talento nato para a música. Aos 14 anos, mudou-se para a capital fluminense, onde se viu imerso no vibrante universo do samba. Foi nesse cenário que ele aprimorou suas habilidades vocais e deu início a uma trajetória musical marcada por grandes conquistas.

    Ascensão à Fama:
    Em 1968, Roberto Ribeiro cruzou o caminho da verde e branca Império Serrano, escola de samba que se tornaria sua segunda casa. A partir desse momento, sua estrela começou a brilhar cada vez mais forte. Com sua voz potente e marcante, ele rapidamente se consagrou como um dos maiores puxadores de samba da história do carnaval carioca.

    A Era de Ouro do Império Serrano:
    A década de 70 foi marcada por um período de ouro para o Império Serrano, com Roberto Ribeiro à frente dos sambas-enredos. Sob sua liderança, a escola conquistou diversos títulos, incluindo os campeonatos de 1972, 1973, 1975 e 1976. Essa fase gloriosa consagrou Roberto Ribeiro como um ícone do samba, eternizando seu nome na história do carnaval.

    Mais que um Puxador:
    Roberto Ribeiro não se limitava apenas a puxar o samba-enredo. Era um artista completo, com grande talento para a composição e interpretação. Ao longo de sua carreira, lançou diversos discos solo e participou de projetos musicais de grande sucesso. Entre seus maiores sucessos estão as músicas “Todo menino é um rei”“Estrela de Madureira” e “Vazio”.

    Um Legado Inestimável:
    Faleceu em 1996, aos 50 anos, deixando um legado inestimável para a música brasileira. Roberto Ribeiro foi um dos maiores sambistas de todos os tempos, responsável por eternizar o Império Serrano como uma das maiores escolas de samba do Rio de Janeiro. Sua voz marcante, seu talento musical e sua paixão pelo samba o colocaram no panteão dos imortais do samba brasileiro.

    Algumas curiosidades sobre Roberto Ribeiro:

    • Quase se tornou jogador profissional de futebol nos anos 60. Jogava no gol e chegou a treinar no Fluminense;
    • Era um grande torcedor do Vasco da Gama;
    • Recebeu diversas homenagens póstumas, como a criação do “Troféu Roberto Ribeiro”, concedido aos melhores puxadores de samba do carnaval carioca.

     

    Dedé da Portela: O Poeta do Samba que Eternizou a Portela na História do Carnaval

    Um Portal para o Mundo do Samba:
    Nascido em Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, em 1931, Carlos José dos Santos, mais conhecido como Dedé da Portela, desde cedo se viu envolvido no vibrante mundo do samba. Aos 12 anos, já frequentava os ensaios da Portela, escola de samba que seria sua paixão eterna e palco para uma carreira musical brilhante.

    A Portela no Coração:
    A Portela era mais do que apenas uma escola de samba para Dedé. Era sua família, sua comunidade e a fonte de inspiração para seus sambas. Em 1953, aos 22 anos, ele fez sua estreia como compositor na escola, com o samba-enredo “Os Cinco Bailes da História do Rio”. A partir desse momento, Dedé se consolidou como um dos maiores nomes da história da Portela.

    Dois Sambas-Enredo Eternizados:
    Ao longo de sua carreira, Dedé da Portela compôs diversos sambas-enredo para a Portela, mas dois deles se destacaram e marcaram para sempre a história do carnaval carioca: “A Festa da Aclamação” (1977): Um samba contagiante e emocionante que celebrou o bicentenário da Independência do Brasil e “Contos de Areia” (1984): Um samba-enredo poético e reflexivo que abordou temas como a fé, a esperança e a luta pela vida. Esse samba conquistou o título de campeão para a Portela, consolidando a genialidade de Dedé como compositor.

    Mais que um Compositor:
    Dedé da Portela não se limitava apenas a compor sambas-enredo. Era um artista completo, com grande talento para a poesia e a música popular brasileira. Ao longo de sua carreira, lançou diversos discos solo e colaborou com grandes nomes da música brasileira, como Clara Nunes, Paulinho da Viola e Beth Carvalho.

    Um Legado Inestimável:
    Faleceu em 2012, aos 81 anos, deixando um legado inestimável para a música brasileira. Dedé da Portela foi um dos maiores compositores de samba-enredo de todos os tempos, responsável por eternizar a Portela como uma das maiores escolas de samba do Rio de Janeiro. Sua obra musical rica e poética continua inspirando novas gerações de sambistas e amantes da cultura brasileira.

    Algumas curiosidades sobre Dedé da Portela:

    • Era conhecido carinhosamente como “O Poeta do Samba”;
    • Recebeu diversos prêmios ao longo de sua carreira, como o Prêmio Shell de Música e o Prêmio da Música Brasileira;
    • Foi homenageado pela Portela com o enredo “Dedé da Portela – Fez da Vida Poesia e Cantou sua Alegria em Tempo de Carnaval” no carnaval de 2021.

    Jorge Aragão: O Poeta do Samba que Dominou o Rádio e Conquistou o Coração do Público

    Um Talento Precoce:
    Nascido em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em 1950, Jorge Aragão já demonstrava desde cedo um talento musical nato. Desde pequeno, frequentava os sambas-enredos da Império Serrano, escola de samba que marcaria sua trajetória musical. 

    A Ascensão ao Estrelato:
    Na década de 70, Jorge Aragão se tornou um dos principais nomes do samba e da música popular brasileira. Com sua voz marcante e suas composições poéticas e melodiosas, ele conquistou o público e dominou as paradas de sucesso. A primeira composição de Jorge Aragão a ser gravada foi “Malandro”, em 1976. A música foi interpretada pela cantora Elza Soares em seu álbum “Lição de Vida” e se tornou um grande sucesso, projetando o nome de Jorge Aragão para o cenário musical brasileiro.

    Músicas Inesquecíveis:
    Ao longo de sua carreira, Jorge Aragão lançou mais de 30 álbuns de estúdio e colecionou hits inesquecíveis, como “Do fundo do nosso quintal”, “Coisa de Pele”, “Identidade”, “Enredo do meu samba”, “Eu e você sempre”, “Papel de pão” e “Moleque atrevido” e o famoso arranjo da Ave Maria de Gounod, gravada em ritmo de samba no seu disco AO VIVO de 1999.

    Você pode ver a partitura desse arranjo clicando aqui embaixo:

     

    – Acesse a partitura do arranjo de Ave Maria (Gounod) tocada em ritmo de samba por Jorge Aragão –

     

    Parcerias de Sucesso:
    Jorge Aragão também se destacou por suas parcerias musicais de sucesso. Ao longo dos anos, ele colaborou com grandes nomes da música brasileira, como Beth Carvalho, Alcione, Zeca Pagodinho, Jorge Vercilo, Jorge Ben, Neguinho da Beija-Flor, Paulinho da Viola e Marisa Monte.

    Um Inovador do Samba:
    Jorge Aragão é considerado um dos maiores inovadores do samba. Ele incorporou elementos da MPB, do soul e do funk em suas composições, criando um estilo único e original que influenciou gerações de músicos.

    Reconhecimento e Homenagens:
    Ao longo de sua carreira, Jorge Aragão recebeu diversos prêmios e homenagens, como o Prêmio Shell de Música, o Prêmio Multishow e o Prêmio da Música Brasileira. Ele também foi condecorado com a Ordem do Mérito Cultural pelo governo brasileiro.

    Um Legado Eterno: 
    Jorge Aragão continua em plena atividade musical e é considerado um dos maiores sambistas de todos os tempos. Sua obra musical rica e atemporal continua inspirando novos talentos e encantando o público com sua poesia, melodia e ritmo contagiante.

    Algumas curiosidades sobre Jorge Aragão:

    • É conhecido carinhosamente como “O Poeta do Samba”;
    • É um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal;
    • Já se apresentou em diversos países do mundo, como Estados Unidos, Portugal, França e Japão;
    • Em 2019, foi homenageado pela Portela com o enredo “Jorge Aragão – O Poeta do Samba que Nunca se Cansa”.

    Lição de Vida, Elza Soares
    Samba é no fundo de quintal 1980

    Já o intérprete dessa gravação de “Resto de Esperança”, o grande Roberto Ribeiro, que muitos não sabem, era sobrinho de Dona Ivone Lara. Nasceu em Campos dos Goytacazes em 1940 e que tentou ser jogador de futebol, inclusive tendo treinado no Fluminense, time da capital carioca, durante os anos 60! Só como curiosidade, já que o futebol e o samba andam juntos, Roberto Ribeiro era goleiro e quase seguiu carreira como jogador profissional de futebol! 

    Porém, sua vida tomou outro rumo ao conhecer a compositora Liette de Souza, que apresentou Roberto Ribeiro aos compositores do Império Serrano aonde ele se enturmou e acabou se tornando intérprete da escola de samba da Serrinha. Mais tarde Roberto se tornou também compositor da escola.

    Roberto Ribeiro acabou se casando com Liette de Souza que além de esposa, tornou-se parceira musical e teve músicas gravadas por ele, como “Amei demais”, “Amor de Verdade” (Liette de Souza e Flávio Moreira) e “Inquilino do Universo” (Liette de Souza e Serafim Adriano).

     

    Dicas para você que vai tocar essa música:

    1. Este é um samba de terreiro, ou samba de quadra, o ritmo/levada mais popular no universo do samba. Existem vários tipos de samba como o samba-canção, o partido alto, o samba enredo, o samba de roda, etc… Neste caso, a levada é a de samba de quadra, ou samba de terreiro;
    2. Quando você ouvir alguém pedindo a levada de samba, saiba que é a levada mais tradicional e mais utilizada no gênero! É justamente a levada rítmica desta música;
    3. Samba de terreiro ou samba de quadra, hoje já estão um pouco fora de moda dentro das escolas de samba. Antigamente, eram tocados na quadra da escola antes da apresentação do samba-enredo feito para o carnaval daquele ano. Tem outra levada rítmica e andamento mais lento, em geral, que o samba feito para desfilar na avenida e levantar a multidão;
    4. O tom deste arranjo na voz do Roberto Ribeiro é o de F# (Fá Sustenido Maior). Os que não estudaram direito harmonia, nem o braço que instrumento que sofram… kkk

    Abaixo um vídeo para você pegar um pouco do balanço desse samba que é lindo demais:

    Registro do fonograma:

    Esta cifra de samba para cavaquinho é uma transcrição do disco  FALA MEU POVO! de Roberto Ribeiro, lançado no ano de 1980 pela EMI-Odeon | 062 421208.

    Também é uma cifra de samba para ser tocada no violão de 6 ou violão de 7 cordas, ou no bandolim e pode ser tocada em qualquer instrumento de acompanhamento como contrabaixo, piano, viola, banjo e outros…


    Não esqueça de deixar um comentário dizendo o que você mais gostou dessa transcrição, aqui no final da página. Pra gente, é muito importante ouvir você!


    E aí, bora tocar?

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    As músicas usadas nas transcrições das cifras e partituras estarão nessa playlist que será atualizada o tempo todo com novas músicas pra você curtir, aprender e tocar junto!

    Cifra de samba Resto de esperança (Dede da Portela e Jorge Aragao)

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